Dados da Confederação Nacional dos Frentistas mostram que pelos menos 300 desses profissionais pediram demissão nos últimos seis meses de 2014. O motivo é sempre o mesmo: o medo da violência. “Eles estão amedrontados. Saem de casa e não sabem se voltam. A família fica assustada”, disse o presidente da entidade, Sebastião Oliveira.
Nessa sexta-feira (7), um posto de combustíveis na Avenida do Ipês, Zona Leste de Teresina, foi assaltado por dois homens armados por volta do meio-dia. Segundo um dos frentistas que foi vítima da ação criminosa, um dos bandidos chegou a agredi-lo. “O assaltante me pediu dinheiro. Como estava almoçando, eu não tinha. Ele mesmo assim exigiu e eu tive que tirar a roupa e mostrar que não tinha dinheiro”, disse o profissional que pediu para não ser identificado.
O estabelecimento conta com segurança armada privada no turno da noite, período em que os assaltos são mais comuns. Agora, após o roubo desta sexta-feira, o 20º ocorrido no local, o dono do posto disse que terá de contratar um segurança também para o dia. “Agora é tirar dinheiro do nosso bolso e investir em segurança, porque não tem condições de trabalhar do jeito que está”, disse Marciel Rêgo.